Israel:
em hebraico a palavra Israel significa “Vencedor de Deus”, de isra
(venceu) e el (Deus). Em 1948, foi instituído o Medinat Israel (Estado de
Israel). Lembre-se que as palavras Judeus e Hebreus são sinônimos.
O
conflito entre árabes e judeus tem origem muito remota. Analisando a Bíblia
encontramos a história de Abraão, que obedecendo o comando de Deus, deixou a
Mesopotâmia e estabeleceu-se em Canaã - passando assim a ser a Terra Prometida
dos judeus. Abraão teve vários filhos entre eles, Isaac e Ismael, dos quais
descendem respectivamente os judeus e os árabes. Jacó, neto de Abraão e filho
de Isaac, e os filhos deste, mudaram-se para o Egito onde foram escravos
durante 400 anos, até retornarem a Canaã. Visando recuperar a Terra Prometida,
Moisés, líder dos judeus libertou-os do escravismo do Egito fazendo uma
peregrinação de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o seu caráter de
povo livre. Concretizando seu ideal, o povo judeu estabeleceu-se às margens do
Rio Jordão, na antiga Palestina, onde mais tarde resolveram expandir suas
fronteiras, durante o reinado de Salomão, que consolidou a Monarquia Judaica.
O
império passou a se estender do Egito a Mesopotâmia (ver figura ao lado). Em
seguida, dividiu-se em dois pequenos reinos, que logo foram dominados pelos
Babilônios que expulsaram os judeus deste território. Os Babilônios foram
dominados pelos Persas, estes pelos gregos e, estes últimos, pelos Romanos.
Antes do início da disputa por
Canaã, judeus e árabes viviam em harmonia, por muitas vezes sofreram os mesmos
destinos, contra inimigos comuns.
No
século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta época,
conseguiram muitas vitórias, desenvolveram idéias sionistas (de Sion, colina da
antiga Jerusalém e que deu início ao movimento para a construção de uma nação
judaica), dedicavam-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros.
O
jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo
objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, então, deu início à
colonização do país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.
Depois
da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição
estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou
responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da
Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na
Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido
aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos
da região.
Com
a Revolução Industrial e o desenvolvimento das burguesias européias, os judeus
acabaram sendo responsabilizados pelo alto índice de desemprego e pela
concorrência com as classes dominantes. Com isso, nos países em que
viviam, os judeus foram confinados a guetos, sofreram várias perseguições e
massacres. O resultado destes fatos acarretou ainda mais a migração para a
Europa Ocidental e Palestina.
Esta
volta para a Palestina ocorreu através da criação de Kibutz (fazendas
coletivas) e cidades; além de lançar a luta pela independência política; neste
período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam aos judeus
conquistarem significativa parte das terras boas para o cultivo, fatos que
desencadearam os conflitos entre árabes e judeus.
Os
judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, à
medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os
conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã -, a
emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a
níveis insuportáveis: os britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e os
árabes, do Eixo.
Texto: André Ribeiro
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